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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

BMW Mais de 90 Anos de Tradição

Boa Tarde a Todos,

Trarei agora uma marca que é completamente alucinante. BMW é simplesmente espetacular e toda sua tradição se reflete no fato da marca estar ainda atuante no mercado. Segue abaixo sua curiosa história:


BMW Comemora 90 Anos de História.

Empresa alemã surgiu a partir de uma fábrica de motores de avião.








No dia 21 de julho de 1917, nascia uma das empresas mais reconhecidas no mundo pela excelência de sua engenharia e pela criação de alguns dos carros mais desejados do mundo, a Bayerische Motoren Werke, ou Fábrica Bávara de Motores. Se o nome não lhe parece muito familiar, junte as iniciais do nome em alemão e imagine o escudo azul e branco no capô, assim como a grade de duplo rim. Ou os motores boxer em motos, que, segundo a voz corrente no mercado, são “o triunfo da teimosia sobre a técnica”.

BMW foi gerada pelo sucesso do projeto de um motor de avião criado pelo engenheiro Max Friz, que, na Daimler, não havia conseguido colocar sua idéia em prática. Insatisfeito, ele se mudou para Munique e começou a trabalhar na Rapp Motorenwerk, uma empresa que, até então, não havia tido muito sucesso.

A idéia de Friz era criar um motor que pudesse ajudar os pilotos alemães a atingirem altitudes mais altas que a dos outros aviões de guerra. Para isso, o motor tinha de ser leve, potente e ter alta taxa de compressão, para maximizar desempenho, economia (que proporcionava um alcance de ataque maior) e minimizar o problema de falta de ar em altitudes muito elevadas.

Para isso ele concebeu o motor “IIIa”, com 19 l de deslocamento, peças de alumínio e outros conceitos tão revolucionários quanto convincentes. Sabendo do projeto, um grupo de especialistas do comando e guerra alemão visitou a fábrica. Terminada a explicação de Friz sobre o motor, foram encomendadas 600 unidades. Para entrega o quanto antes.

Essa encomenda coincidiu com a saída de Karl Rapp do comando da empresa que havia fundado. Com isso, o conselho de administração batizou a Rapp com o novo nome, muito grande para adornar o novo emblema, uma hélice girando estilizada. Daí nasceu o famoso emblema BMW. O registro oficial foi no dia 23 de julho.


Os motores encomendados não chegaram a ser todos construídos, mas, ao longo da Primeira Guerra Mundial, foram construídas variantes, como o BMW IV, de pouco mais de 250 cv, que levou o piloto Zeno Diemer à altitude de 9.760 m, uma marca que nenhum outro homem havia atingido até então.

De todo modo, o Tratado de Versalhes impôs muitas restrições às indústrias alemãs. Impossibilitada de continuar a construir motores para aviões, até por falta de quem os comprasse, a BMW transformou o “IIIa” em um motor estacionário e o adaptou para outras aplicações, como em barcos, tratores e caminhões.

Entretanto, um país em frangalhos precisava de mobilidade para se reerguer. A primeira opção de transporte motorizado, fora os carros usados muito antigos, é a moto, por excelência. Assim, a BMW desenvolveu o motor M 12 B 15, de 500 cm³ de capacidade e dois cilindros opostos, um motor boxer, que inicialmente foi vendido a outras marcas, até que, em 1922, a BMW decidiu passar a construir suas próprias motocicletas.

A primeira foi a R 32, apresentada oficialmente em 28 de setembro de 1923. A moto era a mais cara de um mercado com mais de 130 fabricantes, exatamente por seu conceito revolucionário. Apesar de o motor boxer vibrar lateralmente, ainda mais considerando a disposição dos cilindros, perpendiculares ao quadro, o motor boxer auxilia a tornar o centro de gravidade dos veículos que equipa mais baixo. Com isso, a BMW R 32 era muito mais estável que suas concorrentes e o sucesso veio rápido.

Paralelamente, a produção de motores para aviões foi retomada. E a marca não se contentou apenas com o recorde de altitude. Em 1924, ela juntou dois de seus motores de seis cilindros, que se tornariam uma tradição da marca da Baviera, e criou o motor BMW VI, um V12 de mais de 580 cv feito de alumínio e magnésio que ajudaria uma locomotiva, a “Rail Zeppelin”, a bater o recorde mundial de velocidade da época, atingindo 230 km/h.


Também vieram os motores radiais, como o BMW 132F, também feito de alumínio e com injeção direta de gasolina, capaz de render cerca de 700 cv. Estes motores equiparam aviões famosos em todo o mundo, os Junker.
Em 1928, a BMW comprou a Fahrzeugfabrik Eisenach, fabricante de automóveis que produzia, sob licença, o Austin Seven, sob o nome 3/15 PS DA 2. Para aprender o necessário sobre o novo mercado, a BMW continuou com a produção do modelo inglês até 1931, quando apresentou ao mercado seu primeiro automóvel de projeto próprio, o BMW 3/20 PS.

Acessível e moderno, com monobloco e suspensão independente nas quatro rodas, o carro proporcionava a seus compradores a mesma experiência de dirigir que apenas modelos muito mais caros conseguiam oferecer.

Um ano depois de sua apresentação, surgia uma versão mais forte, mais silenciosa e mais confortável do 3/20 PS, com pouco mais de 20 cv no motor de 782 cm³. Em 1933 surgia o primeiro automóvel da marca com motor de seis cilindros e com grade de duplo rim, outra marca registrada da empresa, o 303.

O motor tinha apenas 1,2 litro de capacidade e rendia algo na casa de 30 cv, mas, considerando que o carro era leve, o desempenho era mais do que satisfatório para os padrões da época.

Em seguida vieram outros modelos míticos, como o 328 Mille Miglia e, em 1941, um 328 com injeção direta de gasolina. Pouco depois, com a Segunda Guerra Mundial, a fábrica foi bombardeada e se perdeu completamente. A BMW se manteve com a produção de motos, tendo fornecido mais de 18 mil unidades da R 75 ao exército alemão e, por meios tortuosos, tornando-se conhecida dos norte-americanos, com isso.

Em 1951 a empresa apresenta dois novos produtos, muito significativos para sua história: a moto R51/3 e o roadster BMW 501, considerado por muitos o carro mais bonito que a empresa já produziu.

Enquanto a primeira conheceu um bom sucesso comercial, o 501, mesmo bonito e revolucionário, sendo o primeiro carro do mundo equipado com um motor V8 de alumínio, não teve a mesma desenvoltura. Ironias do tempo: tente, hoje, comprar um BMW 501. Quem tem não vende. Se vende, é por uma pequena fortuna!

Em seguida, tanto nas motos quanto nos carros, a marca acertou a mão e se tornou, nos últimos anos, referência em termos de lucro, de esportividade e, depois de Chris Bangle, de polêmica no desenho de seus automóveis, adorado por uns e odiado por outros.

Para saber mais sobre a história da marca, o livro oficial do aniversário é o quinto volume da série “BMW Dimensions”, vendido em inglês e em alemão por 59 euros na Europa, mas facilmente encontrável em livrarias online. Com centenas de fotos, ele trata da história da marca em dez capítulos, divididos por temas.


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