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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Romi Isetta

E aí, pessoal? Beleza?

Não acredito que esquecemos desse clássico... Me perdoem por não ter postado nada dele antes...

Mas, para me redimir, aqui está: Romi Isetta...

 
O Isetta foi um dos microcarros produzido nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial. Embora o desenho seja originário de Itália, construíram-se noutros países como Espanha, Bélgica, França, Brasil, Alemanha e Reino Unido.
Em 9 de abril de 1953 a empresa italiana Iso Automotoveicoli, fabricante de motocicletas e triciclos comerciais, apresentou no salão de Turim um projeto iniciado em 1952 denominado Isetta, que consistia em um automóvel de baixo custo, voltado para a realidade da economia do pós-guerra italiano. Projetado pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e seu colaborador Pierluigi Raggi, possuía características peculiares, como porta frontal para facilitar o acesso ao interior do veículo, pequenas dimensões, boa dirigibilidade e performance suficiente para a época (máxima de 80 km/h) com um consumo de até 25 km com apenas um litro de gasolina.



Apesar dos evidentes dotes de racionalidade e economia, sua vida na Itália teve curta duração e sua fabricação encerrou-se em 1956.

Em 1955 a Máquinas Agrícolas Romi anuncia a fabricação, sob licença da empresa italiana Iso Automotoveicoli, da Isetta.
Em 1956 é lançada a Isetta, equipada com um pequeno motor de dois tempos.
Em 1959 a Isetta passa a ser equipada com um motor de quatro tempos.
Em 1961 é encerrada sua fabricação.

 

BMW, ciclo de quatro tempos, resfriado por turbo ventilador,
um cilindro com 72mm de diâmetro e 73mm de curso,
volume de 298 cm³ (300cc), taxa de compressão de 7:1,
potência de 13HP a 5200rpm.
  • Chassis rígido, construído com tubos de aço.
  • Suspensão dianteira independente, sobre braços oscilantes, molas helicoidais e amortecedores hidráulicas; suspensão traseira por meio de dois feixes de molas quarto elípticas e amortecedores hidráulicos telescópicos.
  • Direção por meio de volante com caixa de redução; diâmetro de viragem de aproximadamente 8m.
  • Rodas de disco de aço, com aros em duas peças para facilitar a montagem dos pneus; pneus 4,50 x 10"; pressões dos pneus dianteiros 16 psi, pressões dos pneus traseiros 14 psi.
  • Distância entre eixos 1,50m; bitola dianteira 1,20m; bitola traseira, 0,52m.


  • Freios hidráulicos nas quatro rodas, com superfície total de 325 cm².

 

Óleo de motor SAE 30, para o motor; óleo de motor SAE 40, para a caixa de câmbio.

Dínamo de 130W, com regulagem de tensão; vela Bosch W 240T 1. 
  • Comprimento, 2,285m; largura, 1,38m; altura, sem carga, 1,34m; altura livre do solo, 20,7 cm.
  • Peso, em condições de marcha, aproximadamente 350 kg; carga útil, 230 kg.
O tanque de combustível tem capacidade para aproximadamente 13 litros, incluindo cerca de 3 litros para reserva. A caixa de câmbio tem capacidade para 1,75 litros. 
  • Velocidade máxima estimada, 95 km/h.
  • Consumo de combustível, média de 25 km/l. 
 

O BMW 600 foi o maior dos microcarros da BMW. Fez-se como uma versão alargada e mais potente com quatro rodas.
Em dois anos, só se produziram 34 000 unidades, em parte devido à concorrência de preços com a versão básica do Volkswagen Carocha. No final da década de 1950, os consumidores queriam carros com "ar de carro", e perderam interesse pelos modelos económicos. Mesmo assim as ventas mantiveram-se durante 1957 devido à crise energética.
Em Maio de 1962, a BMW terminou a produção do Isetta. Foram construídas 161 728 unidades.


 

Romi-Isetta foi o primeiro automóvel produzido no Brasil, entre 1956 e 1961, pelas Indústrias Romi S.A., com sede em Santa Bárbara d'Oeste, interior de São Paulo.
Em 1955, a Iso concedeu os direitos de produção do Isetta para a empresa brasileira Indústrias Romi S.A., fabricante de máquinas industriais e agrícolas fundada em 1930 pelo comendador Américo Emílio Romi, com sede em Santa Bárbara d'Oeste (São Paulo). Ainda em 1955, a ISO concedeu licença ao fabricante bávaro BMW para a fabricação do BMW-Isetta na Alemanha, cuja empresa adaptou um motor motociclístico de 243cc para equipar o veículo.



No Brasil, com o contrato já assinado, o comendador Emílio Romi, apostando que o futuro seria dos automóveis compactos, ágeis e econômicos, publicou no jornal Diário de São Paulo em 28 de agosto de 1955 que as indústrias Romi iriam iniciar a produção do Romi-Isetta. Lançado em 5 de setembro de 1956, este pequeno carro consistiu no primeiro automóvel de fato fabricado em território brasileiro. Com desenhos, cálculos e projeto do Barbarense Carlos Chiti, assombrou o país am 1956, ao anunciar em cadeia nacional de rádio-difusão, com a presença de Juscelino K. de Oliveira, então Presidente da República, de dentro das dependências dos galpões das Indústrioas Romi, que o primeiro automável 100% nacional estava pronto e funcionando.



Ao todo, no período de 1956 até 1961, foram fabricadas cerca de três mil unidades no Brasil, muitas das quais ainda hoje permanecem em perfeito funcionamento nas mãos de colecionadores.