Tradutor

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cronologia e Fotos Fusca

Boa Tarde,

Segue a cronologia do fusca e mais algumas fotos para nossa apreciação:





A HISTÓRIA DE UM SÍMBOLO (de 1932 à 1998)

1932 - Ferdinand Porsche, nascido no dia 3 de setembro de 1875 no Império Austro-Húngaro, esboça o desenho do Fusca.

1934 - Porsche cria o NSU, protótipo do Fusca que rodou até 1955, quando foi adquirido pelo Auto-Museum da Volkswagen, na Alemanha.



1935 - Porsche recebe 200 mil marcos do governo alemão para, no prazo de dez meses, produzir três protótipos.

1936 - Da garagem da casa de Porsche, com 16 meses de atraso, saem três protótipos batizados de Volksauto-série VW-3, que seriam testados por 50 mil Km.

1937 - A associação entre Porsche, Daimler-Benz e Reuter & Co. produz mais de 30 protótipos, batizados de VW-30, e realiza 2,4 milhões de Km de testes. O governo alemão, já sob o comando de Adolf Hitler, cria uma empresa estatal e viabiliza a fabricação do carro. O capital inicial, de 50 milhões de marcos, veio da Kdf (iniciais em alemão de Força da Alegria), um dos departamentos da Frente Trabalhista Alemã, o sindicato oficial. O nome original do veículo, Kdf-Wagen, não pegou Porsche viaja para os Estados unidos para visitar as linhas de montagem de Detroit e se encontrar com Henry Ford.


1938 - Começam a ser contruídas em Fallersleben, na baixa Saxônica (região entre o rio Reno e o mar Báltico), a fábrica para a produção do carro e uma cidade para 90 mil habitantes, destinada aos futuros operários e suas famílias. Depois, a cidade recebeu o nome de Wolfsburg. Parte do dinheiro destinado às obras provinha de alemães que, mesmo sem saber a data da entrega, queriam um Kdf-Wagen.

1939 - Com o início da II Guerra Mundial, os Kdf-Wagen não chegam a ser fabricados e a nova fábrica estréia produzindo veiculos militares, com destaque para o Kubelwagen (tipo de camburão, que teve 55 mil unidades produzidas) e para os Schwimmwagen (carro anfíbio, com 15 mil unidades).

1944 - Os aliados atacam e destroem a fábrica.

1946 - Começa a reconstrução da fábrica e a produção é limitada.

1947 - Ingleses, Soviéticos e Norte-americanos não se interessam pela fábrica

1948 - Heinrich Nordhoff assume a presidência da fábrica e eleva a produção para 19.214 unidades/ano.

1949 - A produção cresce para 46.154 unidades e um acordo com a Chrysler permite a utilização da rede de revendas da marca norte-americana em todo o mundo. Foi o primeiro ano do Fusca nos Estados Unidos e apenas duas unidades foram vendidas.

1950 - O primeiro lote de Fuscas desembarca no Brasil, via porto de Santos. As 30 unidades que vieram foram rapidamente vendidas.

1951 - Morre Ferdinand Porsche.

1953 - Com peças da Alemanha, inclusive o motor de 1.200 centímetros cúbicos (cc), o carro começa a ser montado em um pequeno armazém alugado na Rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga (zona sudeste de são Paulo).

1954 - O carro Volks começa a consquitar os norte-americanos, que o apelidam de Beetle (besouro).

1956 - A Volkswagen inicia a construçào de sua fábrica de 10,2 mil metros quadrados no Km 23,5 da via Anchieta (São Bernardo do Campo)

1957 - A fábrica solta seu primeiro produto, a Kombi.

1959 - O Fusca começa a ser produzido no dia 3 de janeiro, com um índice de nacionalização de 54%. A primeira unidade é adquirida pelo empresário paulista Eduardo Andrea Matarazzo. No dia 18 de novembro, a fábrica é inaugurada oficialmente. A Volks brasileira fecha o ano com 8.406 unidades vendidas.

1962 - O Fusca torna-se líder de vendas no Brasil, com 31.014 veículos vendidos.

1964 - A Volks lança o Fusca com teto solar, mas, apelidado de "Cornowagen", fica só alguns meses no mercado.

1965 - A Volks lança a versão "Pé de Boi", cerca de 15% mais parata (não possuia nenhum ítem cromado).

1967 - O carro troca o motor de 1.200 cc (36 cv) pelo 1.300 cc (46 cv) e, para aumentar a visibilidade, ganha um vidro traseiro 20% maior e os limpadores do pára-brisa são melhor posicionados.

1969 - Walt Disney lança o filme "Se Meu Fusca Falasse", no qual o carro, chamado de Herbie, nada, anda sobre duas rodas e até pensa.

1970 - O carro ganha opção de motor 1.500 cc (52 cv), bitola traseira 62 mm mais larga, eixo traseiro com barra compensadora, capô do motor com aberturas para ventilação, novas lanternas traseiras e passa a incorporar cintos de segurança dianteiros. Nesse ano, um incêndio destrói o setor de pintura da fábrica e o primeiro Fusca brasileiro é exportado para a Bolívia.

1972 - A Volkswagen do Brasil atinge a produção de 1 milhão de Fuscas.

1974 - O motor 1.600 cc (65cv) passa a ser opção para o Fusca. As vendas do carro batem recorde, com 237.323 unidades no ano, número que nunca seria superado.

1978 - A Volkswagen alemã deixa de produzir o Fusca.

1979 - O Fusca ganha motor movido a álcool e as lanternas traseiras crescem, sendo apelidadas de "Fafá".

1986 - O Fusca ganha bancos reclináveis com apoio de cabeça e janelas laterais traseiras basculantes. No final do ano, no entanto, por razões mercadológicas (as vendas decresciam anualmente desde 1980 devido à chegada de carros mais modernos), a Volks tira o carro de linha.

1987 - Com o fim do Fusca, o Opala é adotado pela Polícia Militar de São Paulo.

1993 - Setembro: oito meses após o pedido do então presidente Itamar Franco ao então presidente da Volkswagen Pierre-Alain De Smedt e com investimentos de US$ 30 milhões, a Volkswagem retoma a produção do Fusca. Entre as novidades do modelo, destacam-se vidros laminados, catalisador, barras estabilizadoras na dianteira e na traseira, pneus radiais, freios dianteiros a disco, reforços estruturais e cintos de segurança de três pontos. Pesquisa Datafolha aponta o Fusca como a marca mais lembrada. Por outro lado, as vendas ficam abaixo das expectativas e o preço do carro cai cerca de US$1.000.

1996 - Em junho, o Fusca novamente deixa de ser produzido. O México passa a ser o único país a produzir o carro. Em novembro é instituído oficialmente o dia do Fusca (20 de janeiro) .

1998 - No dia 14 de fevereiro, a fábrica de Puebla, no México, começa a produzir o novo Fusca em grande escala. O carro vira mania nos Estados Unidos. Em maio, a Volks promove um "recall" para trocar a fiação próxima à bateria devido à possibilidade de incêndio.





Um Grande abraço.

FUSCA

Boa Tarde a todos,

Quando caminhavamos postando na sequencia de letras, eu havia deixado para postar posteriormente e hoje chegou a vez dele, que sem sobra de dúvidas foi e ainda é o mais querido dos carros antigos. O fusca... Irei mostrar abaixo um pouco de sua história e de sua evolução.
Sou suspeito a falar de fuscas, pois adoro e já possui 3 somente o ano passado.
Bom, vamos então ao que interessa:

FUSCA - UM SÍMBOLO NACIONAL -



Há quem não saiba da participação de Adolph Hitler na criação do fusca.

Na década de 30, com a idéia de financiar uma montadora estatal, foi ele quem solicitou à equipe de Ferdinand Porsche um carro simples, confiável e barato e que devia atender alguns requisitos, como:

■O carro deveria carregar dois adultos e três crianças (uma típica família alemã da época, e Hitler “não queria separar as crianças de seus pais”).
■Deveria alcançar e manter a velocidade média de 100 km/h.
■O consumo de combustível, mesmo com a exigência acima, não deveria passar de 13 km/litro (devido à pouca disponibilidade de combustível).
■O motor que executasse essas tarefas deveria ser refrigerado a ar, pois muitos alemães não possuíam garagens com aquecimento, e se possível a diesel e na dianteira.
■O carro deveria ser capaz de carregar três soldados e uma metralhadora.
■O preço deveria ser menor do que mil marcos imperiais (o preço de uma boa motocicleta na época).
Em 1938, foi apresentado o modelo definitivo. Um carro compacto de linhas curvas, com motor traseiro refrigerado ar e todas as características solicitadas por Hitler.


Por causa da segunda guerra a produção parou e outros modelos foram produzidos, mas em 1946 os britânicos retomaram a produção e o fusca ganhou o mundo!



O fusca então passou a ser produzido em vários países, inclusive no Brasil e ganhou diversos modelos como a Kombi, Variante, Brasília e o esportivo Karmann-ghia.

O fusca sofreu algumas reestilizações e em uma delas recebeu janelas laterais maiores. Nos EUA, ele recebeu o apelido de Beetle.

O último Fusca foi produzido no México em 2003 com 21.529.464 unidades produzidas pelo mundo.


Em 1998 foi apresentado o New Beetle que era uma releitura do VW, apesar do motor dianteiro e pertencer a um segmento nada popular.



No BRASIL, apesar de importado desde 1953 o primeiro Fusca nacional surgiu em 1959 mas não se chamava Fusca, apenas VW Sedan e já contava com bom índice de nacionalização. Seu motor era refrigerado a ar tinha 1200 cm3. Dois anos depois ganhou um novo câmbio com marchas sincronizadas e em 1965 apresentava um teto solar como opcional.

Em 1967 o motor teve a cilndrada aumentada para 1300 cm3 e algumas mudanças como o vidro traseiro maior,e o sistema elétrico mudou para 12 volts.




Em 1970 surge o Fuscão uma carroceria renovada e motor de 1500 cm3.
O motor 1600 cm3 equiparia o modelo 1974, surgindo o 1600S Bizorrão, que se diferenciava pela faixa preta na tampa traseira.
Em 1978 novas melhorias como o bocal do tanque para fora do capô e em 1979 surge o Fusca com lanternas traseiras maiores,

Para a década de 80 o Fusca ganha um novo painel e o nome “Fusca” é oficialmente nomeado pela marca,continuou até 1986 quando deixou de ser fabricado.

Em 1993 a VW relançou o Fusca, que recebeu o apelido de “Fusca Itamar”. Ele tinha catalisador, pneus radiais, para-choques da cor do carro, novos bancos herdados do Gol, e cinto de 3 pontos. Em 1996 o Fusca finalmente encerra sua produção. Em 2003 a VW importou alguns exemplares mexicanos, exclusivamente para colecionadores.


Essa é a breve história do fusca, mas na verdade ele está presente na vida de todos nós.

Vira e meche a gente encontra um fusca meio acabado aqui, outro mais conservado ali, aquele branco clássico passando lá ou até um azulão estacionado na rua de baixo!

Sempre tem alguém querendo re-lançar e outro fazendo estudos e tudo mais!

O Fusca ainda permanecerá por um bom tempo.

Até mais!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Muscle cars II !!!!!!

Muscle cars!!!!!

Maverick

Olá, amigos!!!!!

Hoje, exclusivamente, por ser uma data especial, vou fugir um pouco da sequencia de letras e postar sobre um carro que, além de meu sonho de consumo, é com certeza o sonho de consumo de vários amantes de carros antigos....
Apesar de eu ser modesto, por ser meu aniversário, hoje, acho que tem que ter algo especial... Vou falar, portanto, sobre o Maverick.....


Espero que gostem..


O Maverick foi um automóvel criado pela Ford dos Estados Unidos que obteve grande sucesso em seu país de origem. Também foi fabricado no Brasil entre 1973 e 1979, onde foi lançado com enfoque comercial bem diferente do americano e, apesar de não ter obtido sucesso em vendas, tornou-se lendário e hoje é cultuado por pessoas de várias idades.


 

Ao fim dos anos 60, ainda antes da crise do petróleo da década seguinte, a Ford norte-americana buscava um veículo compacto, barato e econômico - pelo menos para os padrões do país - que pudesse fazer frente à crescente concorrência dos carros europeus e japoneses. O modelo compacto que a fábrica tinha até então, o Falcon, não era tão compacto assim e já estava obsoleto, ainda mais depois que a própria fábrica lançou o moderno e bem-sucedido Mustang em 1964, o qual inaugurou a era dos Pony Cars (Carros Pôneis - Compactos), na contramão dos carros enormes e cheios de frisos que dominaram o mercado Norte-Americano nas décadas de 50-60.






No dia 17 de abril de 1969 o Maverick foi lançado por US$ 1.995, com 15 cores disponíveis e motores de 2,8 e 3,3 litros, ambos de seis cilindros. Apenas dois anos mais tarde, em 1971, foi lançado o famoso propulsor V8 de 302 Polegadas Cúbicas para o Maverick. Este motor já equipava algumas versões do Mustang e a Ford, a príncípio, relutou em equipá-lo no Maverick, temerosa de que isto prejudicasse a sua imagem de carro mais compacto, barato e econômico. A Ford o anunciou como o veículo ideal para jovens casais, ou como segundo carro da casa. O estilo, com o formato fastback da carroceria, foi claramente copiado do Mustang, mas suavizado. O sucesso foi imediato e logo no primeiro ano foram vendidas 579.000 unidades - uma marca melhor do que a do próprio Mustang.




Logo vieram outras versões, com apelo esportivo ou de luxo e motorizações diferentes, como os Maverick Sprint e Grabber. Em 1971 outra marca do grupo Ford, a Mercury, lançou o Comet, que basicamente era o mesmo Maverick com grade e capô diferentes. Os dois modelos fizeram sucesso mesmo depois do estouro da crise do petróleo, em 1973, apesar de neste período ter ficado evidente a necessidade de carros ainda mais compactos. Os dois modelos foram produzidos, com poucas modificações, até 1977.




Em 1967 a Ford, que tinha operações ainda pequenas no Brasil, adquiriu o controle acionário da fábrica da Willys Overland no país. A Ford logo finalizou o projeto que a Willys vinha fazendo em parceria com a fábrica francesa Renault para substituir o Dauphine - e lançou o bem-sucedido Corcel, como opção para a faixa de carro popular da Ford Brasil. Além do novo compacto, foram mantidos em fabricação, como opção de carros médios, os modelos já existentes Aero Willys 2600 e sua versão de luxo Itamaraty.




Porém, os modelos da Willys, que haviam sido remodelados em 1962 mas ainda eram originários do pós-guerra, já estavam bastante defasados no início da década de 70. O Galaxie já vinha sendo fabricado desde 1967 mas era demasiadamente luxuoso e caro, com acessórios como direção hidráulica, ar condicionado e câmbio automático. E a General Motors do Brasil, com a marca Chevrolet, lançou em 1968, para abocanhar a faixa de mercado dos carros médios de luxo, o Opala, baseado no modelo europeu Opel Rekord e no modelo americano Chevy impala . A Ford, então, precisava de um carro com estilo e, para os padrões brasileiros, de médio-grande porte.



A fábrica fez um evento secreto com 1.300 consumidores em que diferentes veículos foram apresentados sem distintivos e logomarcas que permitissem a identificação - entre eles, estavam o modelo da Ford alemã Taunus, o Cortina da Ford inglesa, o Maverick e até mesmo um Chevrolet Opala, cedido pela própria Chevrolet do Brasil. Essa pesquisa de opinião indicou o moderno Taunus como o carro favorito dos consumidores brasileiros, que sempre tiveram preferência pelo padrão de carro Europeu.
Mas a produção do Taunus no Brasil se mostrou financeiramente inviável, especialmente pela tecnologia da suspensão traseira independente e pelo motor pequeno e muito moderno para a época. Preocupada em não perder mais tempo, com o Salão do Automóvel de São Paulo se aproximando, a Ford preferiu o Maverick, que, por ter originalmente motor de seis cilindros, tinha espaço suficiente no capô para abrigar o motor já fabricado para os modelos Willys, e a sua suspensão traseira de molas semi-elípticas era simples e já disponível. Apesar do motor Willys ter sido concebido originalmente na década de 30, esse foi o meio que a Ford encontrou para economizar em torno de US$ 70 milhões em investimentos para a produção do Taunus. Esse procedimento, que mais tarde chegaria ao conhecimento público, acabou manchando a imagem do Maverick antes mesmo do seu lançamento.



O velho motor Willys de seis cilindros ainda era grande demais para o capô do Maverick, e por isso a Ford precisou fazer um redesenho do coletor de exaustão, e nos testes isso causou constantemente a queima da junta do cabeçote. Para amenizar o problema, foi criada uma galeria externa de refrigeração específica para o cilindro mais distante da frente, com uma mangueira específica só para ele. A primeira modificação no motor 184 (3 litros), como era conhecido na Engenharia de Produtos da Ford, foi a redução da taxa de compressão para 7,7:1. Esse motor, que em pouco tempo se tornou o maior vilão da história do Maverick no Brasil, seria o básico da linha, pois a fábrica já previa o lançamento do modelo com o famoso motor 302 V8, importado do México, como opcional. Dados coletados pelos jornalistas informavam que a Ford gastou 18 meses e 3 milhões de cruzeiros em engenharia, e mais 12 milhões de cruzeiros em manufatura, para modernizar o velho motor 184.



A Ford organizou uma pré-apresentação do Maverick com o motor 184 a cerca de 40 jornalistas no dia 14 de maio de 1973 no prédio do seu Centro de Pesquisas. No dia seguinte à apresentação, o Jornal da Tarde de São Paulo publicou uma reportagem intitulada "O Primeiro Passeio no Maverick -o repórter Luis Carlos Secco dirigiu o Maverick na pista de teste da Ford, em São Bernardo do Campo". Os comentários foram de que o carro era silencioso, confortável e ágil.
O primeiro Maverick nacional de produção deixou a linha de montagem em 4 de junho de 1973. O público já começava a interessar-se pelo modelo desde o Salão do Automóvel de São Paulo de 1972, quando o carro foi apresentado. O que seguiu foi uma das maiores campanhas de marketing da indústria automobilística nacional, contando inclusive com filmagens nos Andes e na Bolívia.



A apresentação oficial à imprensa ocorreu no dia 20 de junho de 1973, no Rio de Janeiro. Como parte da campanha de publicidade do novo carro, o primeiro exemplar foi sorteado. No Autódromo Internacional do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá, foi realizado um test-drive, onde os jornalistas convidados puderam dirigir nove Mavericks, seis deles com motor de 6 cilindros e três com o V8 302, importado.
O carro apresentava inicialmente três versões: Super (modelo standard), Super Luxo (SL) e o GT . Os Super e Super Luxo apresentavam-se tanto na opção sedã (quatro portas - lançado alguns meses após o lançamento do Maverick) como cupê (duas portas), sendo sua motorização seis cilindros em linha ou, opcionalmente, V8, todos com opção de câmbio manual de quatro marchas no assoalho ou automático de três marchas na coluna de direção. Já o Maverick GT era o top de linha. Com produção limitada, ele se destacava externamente pelas faixas laterais adesivas na cor preta, capô e painel traseiro com grafismos pintados em preto fosco, rodas mais largas, um par de presilhas em alumínio no capô e, internamente, um conta-giros sobreposto à coluna de direção do volante. O Maverick GT vinha equipado com motor de 8 cilindros em V de 302 polegadas cúbicas, potência de 199 HP (potência Bruta, 135 HP líquido), e 4.950 cm3 de cilindrada oferecido somente com câmbio manual de quatro marchas com acionamento no assoalho.



O Maverick equipado com motor V8 podia acelerar de 0 a 100 km/h em pouco mais de dez segundos.
Porém, após sucessivos testes realizados por revistas especializadas, os defeitos do novo carro da Ford foram se evidenciando. As revistas criticavam a falta de espaço traseiro nos bancos, bem como a má visibilidade traseira, devido ao formato Fastback do carro. A versão de quatro portas não tinha nenhum desses dois problemas, mas o público brasileiro, à época, tinha preferência por carros de duas portas e o modelo com quatro portas não foi bem aceito. Mas a principal fonte de críticas do Maverick no Brasil foi, sem dúvida, o motor de seis cilindros herdado do Willys / Itamaraty. Pouco potente, ele acelerava de 0 a 100 KM/h em mais de 20 segundos e seu consumo era injustificavelmente elevado, o que deu ao Maverick a fama de beberrão que muito pesou nos anos da crise do petróleo. Era um motor que "andava como um quatro cilindros e bebia como um oito",como afirmava a opinião pública na época. Na verdade esse motor, em algumas faixas de velocidade, consumia até mais do que o motor de oito cilindros.



Em 1975, com a conclusão da fábrica de motores da Ford em Taubaté, São Paulo, ele foi abandonado e substituído por um moderno motor de 2,3 litros e quatro cilindros em linha, com comando de válvulas no cabeçote e correia dentada. Era o famoso propulsor Georgia 2.3 OHC. Esse motor, que deu ao veículo um desempenho mais satisfatório, tinha uma aceleração melhor do que o antigo 6 cilindros (0 - 100 Km/h em pouco mais de 16 segundos) e um consumo bem menos elevado (média de 7,5 KM por litro de gasolina). Infelizmente o motor 4 cilindros, injustamente, herdou parte da má fama do seis cilindros, pois muitos se perguntavam: se o motor de seis cilindros é tão fraco como pode a Ford oferecer um motor ainda menor? As críticas, ainda que infundadas se tratando do novo motor, e somadas ao fato de o modelo 4 cilindros ter potência alegada de 99 cv brutos devido a uma estratégia da Ford para pagar menos taxas na fabricação (para o 6 cilindros a Ford declarava 112 cv brutos), contribuiu para o rápido declínio do Ford Maverick.
Ainda no ano de 1975, com o objetivo de homologar o Kit Quadrijet para as pistas na extinta Divisão I (leia mais abaixo), a Ford lançou no Brasil o famoso Maverick Quadrijet. Verdadeira lenda entre os antigomobilistas e amantes de velocidade, o Maverick Quadrijet era um Maverick 8cc cujo motor era equipado com um Carburador de corpo Quádruplo (daí o nome "Quadrijet"), coletor de admissão apropriado, comando de válvulas de 282º (mais brabo) e Taxa de Compressão do motor elevada para 8:5:1 (a dos motores normais era de 7:3:1), aumentando a potência do carro de 135 CV para 185 CV (potência líquida) a 5.600 RPM. Com essas modificações o Ford Maverick acelerava de 0 a 100 KM/H em incríveis 8,5 segundos e atingia a Velicidade Máxima de 205 KM/h, tendo se tornado o primeiro carro produzido em série no Brasil a ultrapassar a marca dos 200 Km/. Mas devido ao alto custo, na época, das peças de preparação importadas que compunham o Kit Quadrijet (que também podia ser comprado nas revendedoras autorizadas Ford e instalado no motor), pouquíssimos Mavericks saíram de fábrica com essa especificação.




No final de 1976, já como modelo 77, foi apresentada a denominada Fase 2 do Maverick. Além de algumas alterações estéticas, como um novo interior, grade dianteira e novas lanternas traseiras, maiores, também trazia algumas melhorias mecânicas como sistema de freios mais eficiente, eixo traseiro com bitola mais larga e suspensão revista para o uso de pneus radiais.
Nesta fase foi introduzida a versão LDO (Com "luxuosa decoração opcional"), que passou a ser a versão mais cara do Maverick, com acabamento mais refinado e interior monocromático combinando tonalidades de marrom (a maioria) ou azul. Para essa versão foi lançado, como equipamento opcional, um câmbio automático de 4 marchas com acionamento no assoalho, somente para os Mavericks LDO's equipados com o motor 2,3 litros. As versões Super e Super Luxo continuaram a ser produzidas, todas com o motor 2.3 OHC de série.




O modelo GT foi o modelo que sofreu as alterações mais drásticas. Em nome de uma maior economia, com a desaprovação de muitos, passou a ser oferecido com o motor 2.3 OHC de série, tendo o 302-V8 se tornado opcional para todos os modelos. Houve mudanças também nas faixas laterais, no grafismo traseiro e o capô ganhou duas falsas entradas de ar.
O Ford Maverick nacional teve sua produção encerrada em 1979, após 108.106 unidades produzidas.
Durante as décadas de 80 e 90, com a inflação e a alta constante dos preços de combustível, o Ford Maverick foi relegado ao posto de carro ultrapassado, obsoleto e beberrão e, durante esse período, a grande maioria deles foi parar nos subúrbios das grandes cidades ou nos ferros-velhos. Mas essa triste realidade começou a mudar no início do século XXI. Atualmente, em uma época onde reinam os pequenos e frágeis carros feitos quase inteiramente de plástico e chapas de aço finíssimas, o Maverick chama a atenção por onde passa, sendo considerado um dos poucos verdadeiros Muscle Car brasileiros (apesar de ter nascido como um Pony Car).



O Maverick com motor V8 é na atualidade um objeto de desejo dos admiradores de carros antigos nacionais. Um modelo GT ou LDO (este raríssimo com motor V8) bem conservado e com as características originais é item de coleção.
O modelo 6 cilindros é encontrado a preços rázoaveis, entretanto é bastante desvalorizado pelos conhecedores do carro. O carro é popularmente chamado de Aerovick, uma analogia ao uso da mecânica Willys no modelo da Ford.
O Maverick com motor 4 cilindros atualmente é o mais comum dentre os apreciadores, devido ao maior número produzido (com relação ao modelo V8), seu custo, facilidade de reposição de peças, sua durabilidade e as grandes possibilidades de preparação.



Os Maverick equipados com o potente motor V8 fizeram algum sucesso nas pistas brasileiras, de 1973 a 1977 das quais participou, como o Campeonato Brasileiro de Turismo, provas de Endurance e a antiga Divisão 3.
Devido à grande capacidade cúbica do motor 302 V8, alguns Maverick 8 cilindros receberam extensas modificações, como por exemplo o modelo construído pela Ford especialmente para a Divisão 3, por intermédio do preparador Luiz Antonio Greco. O motor recebeu, entre outros itens, cabeçotes de alumínio Gurney-Weslake, iguais aos usados no lendário Ford GT-40, comando de válvulas especial e 4 carburadores de corpo duplo Weber 48 IDA. Segundo relatos, com esta modificação o motor atingiu a potência de 350cv líquidos, cerca de 3 vezes a potência original.



No Campeonato Brasileiro de Turismo o maior rival do Maverick era o Chevrolet Opala, um carro um pouco mais leve e econômico com seu motor de 6 cilindros e 4,1 litros. Tal disputa durou até a retirada do apoio oficial da Ford do Brasil a esta competição, por causa dos resultados pouco expressivos do Maverick nas pistas o que acabou originando o Campeonato Brasileiro de Stock Car, uma categoria que por anos foi monomarca e só teve Opalas.



Grandes pilotos tiveram o Maverick sob seu comando nas competições, entre eles José Carlos Pace, Bob Sharp, Edgar Mello Filho e Paulo Gomes, o "Paulão" e o argentino Luís Ruben Di Palma.
A partir dos anos 90, não muito satisfeitos e devido à maior facilidade de importação no Brasil, muitos proprietários equiparam seus Maverick com peças para alta performance de origem norte-americana, o que fez o carro ser largamente usado em provas de arrancada que se multiplicaram no país. Neste tipo de prova os Maverick têm logrado algum sucesso, sempre arrancando vibração do público com o ronco característico de seu potente motor.













Pessoal, é isso aí.... se gostaram, postem comentários, por favor..

Fico por aqui....
Até mais ver...
Abraços....

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Gordini

Olá, amigos!!!!

Vimos com o Rafael um pouco sobre o Galaxie e o Landau... Vamos torcer para nosso amigo conseguir achar um Landau a seu gosto, não é mesmo? Bom, enquanto o Rafa não aparece aqui com as fotos da relíquia que vai comprar, vou postar um pouco da história do Gordini. Lembram-se? Falamos um pouco do Dauphine, agora, na mesma linha, segue um pouco sobre o Gordini....




O Gordini só encontra uma palavra que o explique: emocionante! Porque antes de tudo Gordini é máquina!"


Era assim que a Willys Overland apresentava o Gordini, num anúncio de julho de 1962. Era o sucessor do Renault Dauphine, com uma mecânica mais refinada. Tinha os mesmos 845 cc de capacidade cúbica, mas desenvolvia 40 cv e possuía um câmbio de quatro marchas que lhe dava um desempenho bem superior ao modelo original, com apenas 31 cavalos e câmbio de três marchas. O aumento de potência no motor Ventoux foi obra de Amédée Gordini, piloto e respeitado construtor de motores e carros de competição nos anos 50 e 60. Precisa explicar a origem do nome do carro?



O Gordini tem menos de 4 metros de comprimento e 1,44 metro de altura. Mesmo com quatro portas, a impressão é de que quatro adultos não cabem lá dentro. A carroceria é monobloco e a suspensão, independente nas quatro rodas.
O motor, traseiro, é pequeno e sobra muito espaço sob o capô.


Pequeno mas cumpridor. Sua performance foi elogiada pela imprensa especializada já nas primeiras provas. QUATRO RODAS, no teste de lançamento, fez com o Gordini de 0 a 100 km/h em 28,7 segundos e chegou aos 125 km/h de máxima. No trânsito da cidade, seu consumo foi de 8,3 km/l. Estava fadado ao sucesso, afirmava a revista.


Mas a boa crítica não o livrou de um incômodo apelido tascado pelo povo, emprestado de uma campanha publicitária de leite em pó: "Leite Glória...", rapidamente seguido de um "desmancha sem bater." Credita-se essa maledicência a uma crônica dificuldade de relacionamento da suspensão com nossas ruas e sua tendência de transformar a água do radiador em vapor.
A emoção que o anúncio de lançamento prometia veio mesmo em 1964, com o Renault 1093. Mais esportivo, ele tinha dupla carburação, novo coletor de admissão e taxa de compressão mais alta. Com esse "veneno", sua potência subia para 53 cavalos. Junto com os Interlagos, fez a fama dos carros amarelos da equipe Willys nas pistas.




Na saída, não dá para ser discreto, pois é preciso caprichar no acelerador. Primeira, segunda e... terceira: há uns 20 centímetros de movimento lateral separando essas duas marchas. Além do braço, é preciso também esticar as trocas para tirar melhor proveito do motor. Com duas pessoas a bordo ele não reclama nas subidas.
Acordar os freios - a tambor - demora um pouco. Somente em 1967 ele receberia freios a disco na frente, um avanço para a época. Não se ouvem ruídos de carroceria nem de suspensão. Pudera, o carrinho é tratado a pão-de-ló.

A partir do modelo 1966, o nome Gordini era seguido de um algarismo romano.
O último a ser fabricado foi o Gordini IV, que saiu de cena em 1968 para dar lugar ao Corcel, que manteve o DNA Renault. Foram sete anos de "40 hp de emoção", o slogan que marcou o Gordini para sempre.



Amigos, fico por aqui, hj...

Em breve, volto com nova postagem.. Até!!!!